Solinftec prepara expansão da frota de robôs em lavouras de grãos e cana

Empresa projeta elevar de 150 para 700 o número de unidades do Solix até 2026, distribuídas por áreas agrícolas do Brasil, Estados Unidos e Colômbia
Alexandre Inacio
Solix, robô autônomo da brasileira Solinftec em lavoura de grãos no Brasil (Foto: Divulgação)

Perto de completar 18 anos de vida, a brasileira Solinftec tem planos de agregar 550 novas unidades de seu robô autônomo, conhecido como Solix, à frota atual já em operação. Hoje, a empresa conta com 150 robôs circulando por 20 fazendas do Brasil, 10 nos Estados Unidos e também na Colômbia.

A meta é chegar ao fim de 2026 com 700 unidades. A expansão da frota também vai representar um incremento importante na receita da companhia. Cerca de R$ 200 milhões tendem a entrar no caixa ao longo de dois anos, apenas com a venda dos equipamentos. Adicionalmente, R$ 90 milhões serão gerados com o serviço mensal contratado pelos agricultores na aquisição dos robôs.

Assim, o Solix passará a ter um peso cada vez maior nos resultados da Solinftec. A empresa fechou 2024 com uma receita recorrente acumulada (ARR) de R$ 370 milhões e tem a meta de chegar a R$ 450 milhões em 2025.

Hoje, a maior parte da receita da empresa vem da plataforma de serviços desenvolvida pela empresa e que originou a Solinftec. Além de 13 mil hectares de lavouras monitorados, a empresa tem em sua base 60 mil equipamentos agrícolas e presença em 11 países.

“Junto com as plataformas que a gente já tem na companhia, as 20 soluções que já estão em operação em todos os mercados, Solix vem para 2025 com força total. Temos para 2025 a meta de dobrar nossa operação de robôs”, disse Emerson Crepaldi, COO da Solinftec, em conversa com jornalistas.

A estratégia de crescimento passa por apresentar aos novos clientes os números já coletados ao longo das últimas três safras. Os números da companhia apontam que o uso dos robôs representou uma redução de 90% no uso de herbicidas em fase de pós-emergência em lavouras de soja e milho e de 65% na cana.

Além disso, identificou-se um incremento de 10 sacas por hectare nos grãos e reestruturação na mão-de-obra usada na aplicação de defensivos na cana.

“Vamos nos posicionar não só como um país exportador de soja, milho algodão e proteína, mas também exportador de tecnologia para agricultura”, disse Crepaldi.

E os recursos para sustentar a expansão já estão dentro de casa. Desde que começou a acessar o mercado de capitais, a empresa já levantou R$ 1,3 bilhão, por meio de investimentos e CRAs. A mais recente captação foi uma rodada Série D, onde a empresa levantou R$ 300 milhões, dos quais R$ 250 milhões já foram recebidos.

“Seguimos em contato com muitos interessados em fazer parte desse jogo nosso. Mas, em termos de capacidade de produção, de rodar o que vocês já estão vendo e para atingir essas metas que estamos propondo, já estamos muito bem cobertos”, disse Denis Arroyo, vice-presidente global da Solinftec.

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