A virada de ciclo na pecuária, com a tendência de redução da oferta e melhores preços do boi, está alimentando planos ambiciosos na Axia Agro. Dona da maior rede brasileira de insumos voltados aos pecuaristas, com 60 lojas, a empresa, controlada por um dos fundos geridos pelo Pátria Investimentos, prevê abrir mais 40 unidades até 2027. Paralelamente, também pretende reforçar a produção de rações para bovinos, frente que deverá ganhar maior peso nos negócios nos próximos anos.
Se tudo der certo, a expectativa da Axia Agro é alcançar um faturamento anual da ordem de R$ 5 bilhões nos próximos cinco anos, confirmou Daniel Bitelli, diretor de estratégia e negócios da companhia, ao NPagro. Ele não informou a receita atual, mas fontes do segmento estimam que seja algo entre R$ 1 bilhão e R$ 2 bilhões. “O ciclo da pecuária já virou. Este ano já será muito melhor que 2024 e 2023, principalmente no segundo semestre”, disse. A Axia foi criada em 2021, e sua rede de revendas cresceu com aquisições.
Das 60 lojas atuais, 30 estão localizadas em Rondônia e vieram com a compra da Casa da Lavoura, concluída em 2023. Com a mesma transação, vieram, ainda, lojas situadas no Acre (hoje são dez). Antes disso houve a aquisição da Agroline, hoje com 20 unidades em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins e Pará. Na expansão prevista, o foco estará em Mato Grosso e Goiás, mas estrear em São Paulo e Minas Gerais faz parte dos planos, de acordo com Bitelli. O executivo diz que os investimentos em uma nova loja costumam girar em torno de R$ 3 milhões.
Na área de nutrição, o previsto ganho de renda dos pecuaristas embala planos de abertura de entre cinco e sete novas fábricas regionais nos próximos anos. Hoje são três plantas próprias, situadas em Rondônia, Mato Grosso e Tocantins. As duas primeiras receberam aportes em automatização em 2024, o que triplicou suas respectivas capacidades de produção. Arrendamentos também poderão ser fechados, dada a boa disponibilidade de unidades nas áreas em que a Axia Agro atua, segundo Bitelli.
Atualmente, a área de insumos para pastagem responde por cerca de 40% do faturamento da empresa. As vendas de produtos de saúde animal e as de ferragens e ferramentas representam 20% cada uma, mesma fatia dos negócios com nutrição. Nos próximos anos, disse o executivo, a participação da nutrição deverá aumentar para 40%. “E também estamos investindo em evolução digital, sobretudo em nossos processos e na gestão comercial”, concluiu Bitelli.
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