Tudo começou com um projeto piloto em 2021. Naquele ano, a Primavera Máquinas, concessionária John Deere pertencente ao Grupo RZK, recebeu um pedido de seis tratores de 600 cavalos para serem usados no plantio do ano seguinte.
Em meio à pandemia e o desabastecimento de semicondutores, a revenda se viu incapaz de atender a demanda do cliente, nada menos do que a gigante Amaggi. A alternativa nada ortodoxa foi locar 10 conjuntos de tratores e plantadeiras de 400 cavalos cada.
Ali, começava a ser gestada a RZK Rental. O que era inicialmente apenas uma unidade de negócios da Primavera Máquinas, se transformou em uma empresa independente, com receita de R$ 25 milhões naquele primeiro ano.
Vencido aquele primeiro contrato dos 10 conjuntos de plantadeiras, a RZK Rental não apenas o renovou como o ampliou. A empresa acaba de entregar um pacote com 70 colheitadeiras de grãos S780 da John Deere para a Amaggi, avaliadas em R$ 3 milhões cada uma.
Antes disso, em 2023, a Amaggi já havia incorporado 10 colhedoras de algodão da RZK. Assim, a gigante agrícola eleva de 30 para 100 o volume de ativos alugados dentro do seu parque de máquinas.
“Temos uma equipe dedicada apenas para atender esse cliente, treinando operadores, pensando na gestão dos ativos pela telemetria e passando informações em tempo real e apresentando relatórios semanais sobre o desempenho de cada máquina. Sempre pensando em performance”, disse Carlos Eduardo Martinatti, diretor da RZK Rental.
Segundo o executivo, 2024 foi considerado um ano “muito bom”. A empresa encerrou o ciclo com receita de R$ 200 milhões e 23 contratos ativos. Para 2025, a expectativa é elevar em 25% o número de contratos e em 20% a receita.
Para isso, a companhia aposta na consolidação de segmentos tradicionais como cana-de-açúcar. Ainda que o mercado de soja não esteja em seus melhores momentos, no algodão, a empresa espera ampliar em 30% o número de colhedoras disponíveis para locação. Mas a empresa está abrindo os olhos para outros segmentos como citricultura, café, mineração e florestal.
“Hoje temos perto de 500 ativos [entre tratores, colheitadeiras e implementos agrícolas], sendo que 70% dos nossos contratos são de médio e longo prazo, ou seja, de três a seis anos”, diz Martinatti. Os demais contratos são de curto prazo, ou seja, atendem uma demanda pontual como o que ocorreu este ano em Mato Grosso.
Com as chuvas atrapalhando a colheita, houve uma demanda pontual quando as precipitações deram uma trégua. “Fora essas colheitadeiras da Amaggi, todas as máquinas que eu tinha e que não tinha foram [alugadas]”, lembra o executivo.
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