Nunca os frigoríficos do Brasil trabalharam tanto quanto em 2024. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) mostram que o abate de bovinos no país superou, em muito, o recorde então estabelecido em 2013.
Foram abatidos no ano passado 39,2 milhões de cabeças em todo o país. O número representa um crescimento de 15% em comparação a 2023 e supera em quase 5 milhões de cabeças o recorde registrado em 2013.
Com abates tão grandes, a produção de carne também estabeleceu um novo recorde. Pela primeira vez, o Brasil superou a marca dos 10 milhões de toneladas, chegou a 10,2 milhões e apresentou um crescimento de 14% no volume produzido.
Assim, já é dado como certo entre analistas que o ciclo de oferta abundante para os frigoríficos pode ter chegado ao fim. A expectativa é que a partir de 2025 a disponibilidade de animais para a indústria seja mais restrita. Na prática, significa dizer que as margens em empresas como JBS, Minerva e Marfrig tendem a ficar mais apertadas e os preços ao consumidor final mais elevados.
Um sinal dessa reversão pode ser observado nos dados do quarto trimestre de 2024. Nos últimos três meses do ano passado foram abatidas 9,5 milhões de cabeças.
Ainda que o número represente um crescimento de 3,5% em comparação ao mesmo período de 2023, ele marca uma queda de 8,6% ante o terceiro trimestre de 2024. Esse foi o primeiro recuo trimestral nos últimos sete trimestres.
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